Seja Bem Vindo!

welcomes

Seguidores

sexta-feira, 29 de junho de 2012

O Cão Cavalier King Charles Spaniel



Nome da Raça: 

Cavalier King Charles Spaniel

Origem: 
 Inglaterra

Utilização:
 
  
companhia

Porte:
 

 pequeno

Pelagem:
 

longa, sedosa, macia, permitindo-se leves ondas. Franjas longas nas orelhas, membros e cauda. Franja nas patas é considerada uma qualidade

 





Cores:  

preto e castanho: preto corvo, com marcações em castanho acima dos olhos, nas faces, face interna das orelhas, antepeito, membros e sob a cauda. A coloração castanho deve ser brilhante. Marcas brancas são indesejáveis. Rubis: unicolor ruivo intenso. Blenheim: marcas castanhas vivas, bem distribuídas sobre fundo branco pérola. 

As marcas devem se dividir de maneira igual na cabeça, deixando um lugar entre as orelhas para uma marca (Bleinheim) em forma de losango, muito apreciada ou mancha (característica exclusiva da variedade da raça). Tricolor: preto e branco, bem distribuídos, com marcações em castanho acima dos olhos, nas faces, face interna das orelhas, antepeito, membros e sob a cauda

 





Temperamento:  

esportivo, alegre, dócil, muito amigo e afetuoso

Ele já foi muito modificado durante a história, mas a forma mais conhecida do Cavalier é de um cão de porte pequeno, especial para quem necessita de uma companhia em casas pequenas, ou vive em apartamento. Claro que é preciso levá-lo para passear diariamente, brincar e fazer longas caminhadas com o cachorro.

Tem uma expressão muito doce, e é muito gracioso e bem proporcionado. É muito recomendado para quem tem crianças, pois ele é dócil sem tendências a nervosismo.
Fonte: petmag.uol.com.br

A Energia Zen dos Gatos



Gatos :a Transmutação da Essência da Vida

A maioria das pessoas acha que os gatos não fazem nada, são preguiçosos e tudo que fazem é comer e dormir. Não é bem assim!
Você sabia que os gatos tem uma missão na nossa vida?
Você já parou para pensar porque tantas pessoas hoje em dia têm gatos?
Mais do que o número de pessoas que tem cães?
Aqui está uma série de informações sobre a vida secreta dos gatos.

Todos os gatos têm o poder de, diariamente, remover energia negativa acumulada no nosso corpo. Enquanto nós dormimos, eles absorvem essa energia. Se há mais do que uma pessoa na família, e apenas um gato, ele pode acumular uma quantidade excessiva de negatividade ao absorver energia de tantas pessoas. Quando eles dormem, o corpo do gato libera a negatividade que ele removeu de nós. Se estivermos excessivamente estressados, eles podem não ter tempo suficiente para liberar tamanha quantidade de energia negativa, e consequentemente ela se acumula como gordura até que eles possam liberá-la. Portanto, eles se tornarão obesos – e você achava que era a comida com que você os alimentava! 




É bom ter mais do que um gato em casa para que a carga seja dividida entre eles. Eles também nos protegem durante a noite para que nenhum espírito indesejável entre em nossa casa ou quarto enquanto dormimos. Por isso eles gostam de dormir na nossa cama. Se eles verificarem que estamos bem, eles não dormirão conosco.

 Se houver algo estranho acontecendo ao nosso redor, eles todos pularão na nossa cama e nos protegerão. Se uma pessoa vier a nossa casa e os gatos sentirem que essas pessoas estão ali para nos prejudicar ou que essas pessoas são do mal, os gatos nos circundarão para nos proteger então, busque ver a reação dos seus gatos para ver o que eles farão quando alguém entrar em sua casa.

 Se eles correm para a pessoa, cheiram-na e querem ser acariciadas por essa pessoa, então relaxe. Se você não tem um gato, e um gato vira-latas entra em sua casa adotando-a como lar, é porque você precisa de um gato em casa nessa época em particular. O gato vira-latas voluntariou-se para ajudar e escolheu você. Agradeça ao gato por escolher sua casa para esse trabalho. 

Se você tem outros gatos e não pode ficar com o vira-latas, encontre um lar para ele. O gato veio a você por um motivo desconhecido para você a nível físico, mas em sonhos você pode ver a razão para o aparecimento do gato nessa época, se você quiser saber. Pode acontecer de haver um débito cármico que ele tem que pagar a você. Portanto, não afugente o gato. Ele vai ter que voltar de um modo ou de outro para realizar esta obrigação.






Os Gatos e a Cura

Na época de Atlântida, os curandeiros usavam cristais em seus trabalhos. Os cristais eram usados como uma canal de cura. Quando os curandeiros visitavam vilas distantes, eles não podiam usar os cristais pois o povo desconfiava deles achando que eles usavam magia negra. Como eles não podiam usar cristais, levavam gatos que exerciam exatamente a mesma função dos cristais. 

O povo não tinha medo dos gatos e permitiam que eles entrassem em suas casas. Desse modo, os gatos têm sido usado inúmeras vezes na arte da cura.Pessoas alérgicas a gatos são emocionalmente incapazes de amar alguém com profundidade, porque reprimem seus verdadeiros sentimentos.
Os gatos são criaturas adoráveis,e amam seus donos acima de tudo,porém têm um jeito diferente de amar, mas nem por isso deixa de ser verdadeiro. Eles são grandes amigos e companheiros, doces, meigos e fieis.
Adote um gato, sua vida nunca mais será a mesma!

Quando os Animais são tímidos




Alguns animais são muito animados, vivem no colo e adoram visitas. Outros são quase indiferentes e detestam novidades. O que há de diferente nestas personalidades?
O que faz um gato ser alheio e outro extremamente carinhoso? Provavelmente a genética é a maior responsável, mas a socialização também é muito significativa. Quando filhotes (até aproximadamente 60 dias), o contato com outros animais e com pessoas é fundamental para socilaizá-los ao máximo.

Podemos observar um comportamento parecido nos seres humanos. Sabemos que algumas culturas (e até algumas famílias) são mais afetivas e carinhosas que outras. Eu sempre acho estranho quando vejo num filme americano as pessoas não se abraçarem, mesmo nas situações mais difíceis. Já na cultura brasileira, nos abraçamos e somos muito mais 
carinhosos com nossas crianças. 




Há quem não goste de muito toque, carinho e massagem.
O cachorro que gosta muito de ser agarrado e ficar no colo, demonstra muita confiança nos seres humanos e se sente confortável na nossa companhia. Filhotes que conviveram com sua mãe e irmãos tendem a reconhecer e gostar deste conforto.

Os cães submissos costumam gostar mais de afagos, carinhos e apertões que os líderes natos. Mas isto não significa que um cão “poderoso” não goste de carinho.
Sempre procure deixar os filhotes em contato com suas mães e irmãos por no mínimo 45 dias. Quando ele for separado da família, ofereça muito carinho, peça para seus amigos e visitas brincarem, fazerem carinho e manipularem seu filhote. Quanto mais socializado ele for, mais confiante e carinhoso ele será.
Fonte: bichosaudavel.com

O belo Gato Chinchilla




É talvez uma das raças mais antigas criadas por mão humana e que conta com mais de um século de existência. Existem várias teorias sobre a sua concepção, mas uma delas diz que foi a combinação com gatos de pelo longo. 

É um gato afectuoso mas um pouco com falta de paciência, pelo que é preciso de calma com este gato. Talvez por querer ser muito independente e apenas gosta de receber mimos dos donos qual ele quer. De resto é um bom gato de companhia.

Cabeça redonda, nariz saliente, orelhas pequenas com pontas também redondas… estas são algumas das características do Chinchila. Tem um pêlo muito denso, característica que faz dele um gato escolhido por muitos donos. 






Origem:
Irã

 
Curiosidades:
Embora seu pelagem seja praticamente toda branca, suas almofadinhas são pretas.




Características:
 
Chinchillas são uma variedade do gato persa. Os gatos da raça Chinchilla tem o temperamento tranquilo, embora não seja muito indicado para crianças pequenas, assim como seu "primo" Persa. Sua pelagem é longa e branca.




 

Cuidados básicos:

O Chinchilla não necessita de cuidados muito específicos, somente uma escovação dos pelos frequente, e uma alimentação balanceada já são suficientes para garantir sua saúde.
Fontes:mundoentrepatas.com/gatoteria.blogspot.com.br

Como lidar com Cães Medrosos?




CERCA DE 10% DOS CÃES SÃO MEDROSOS E SE APAVORAM COM RUÍDOS,GATOS
 E ATÉ BARATAS !OS SINTOMAS SÃO:


- Respiração agitada (sem exercício)

- Arquejos contínuos (em momentos pontuais)

- Tremuras incessantes
 - Expressão desolada (orelhas caídas lábios contraídos
  olhos abertos com olhar perdido, fossas nasais muito dilatadas)

- Cauda muito baixa ou entre as pernas

- Micções compulsivas e involuntárias

- Soltar glândulas anais
 Postura encurvada

- Mostrar os dentes (juntamente com a postura e a cauda mto baixa)- Disposição para fuga


- Agressão desmedida (sem existir provocação).









O medo não é uma característica incomum no mundo canino. De acordo com Alexandre Rossi, zootecnista e especialista em comportamento animal, 10% dos cães são medrosos -muito medrosos- e passam a maior parte do dia com pavor de alguma coisa, seja do ruído de carros ou trovões, seja de pessoas ou animais desconhecidos e até da possibilidade de sair para passear."É uma timidez própria do bicho, que acaba se tornando assustadiço, está sempre esperando o pior. Esse medo pode ser inato ou adquirido", afirma o veterinário Oswaldo Pasqualin.
 

Existe uma predisposição genética, e não racial, para a personalidade mais medrosa, segundo Rossi. Mas o zootecnista acredita que o problema seja agravado por falhas na sociabilização do bicho no período mais importante, até os três meses de idade -que coincide com a fase em que o animal não deve sair de casa porque ainda não foi vacinado.







"Na etologia (estudo dos hábitos dos animais), esse período é chamado de janela da sociabilização. Da quarta à décima primeira semana se dá a fase mais suscetível a traumas. É nesse período que ele aprende do que tem medo e do que não tem. 
O ideal é ir apresentando o mundo ao cão até que ele complete três meses, e não a partir daí. Mas é preciso todo cuidado para que ele não tenha uma experiência ruim", afirma. Ele recomenda que o cão, ainda filhote, conviva com gente e com outros animais, desde que saudáveis. "Uma opção é levá-lo no colo aos shoppings que permitem, por exemplo", afirma Rossi.









Certa dose de medo é normal. Na natureza, é ele quem garante a sobrevivência, evitando que o bicho se meta em situações perigosas. "Cães se assustam com temporal não porque têm audição mais aguçada, todos ouvem muito bem. A diferença é que são mais sensíveis e se assustam com o barulho; já outros, como os que trabalham com a polícia, não encaram o ruído como ameaça", explica.

A criação também vai influenciar no grau de valentia. Excesso de mimo ou maus-tratos certamente formarão um cão temeroso. "O cachorro muito mimado não vai ser valente, sempre vai procurar o dono como apoio, nunca resolverá seu problema sozinho", afirma a veterinária Silvia Crusco.
Fonte:/dicaspeludas.blogspot.com.br

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Para crescer feliz,o Filhote precisa brincar!




Os cães e gatos que aprendem a brincar desde filhotes, tendem a manter um melhor comportamento por toda sua vida adulta.

Tanto as crianças quanto os
animais - incluindo é claro, os cachorros e gatos - necessitam das brincadeiras para o desenvolvimento de sua personalidade afetiva e de um físico saudável. Além disso, a brincadeira é a atividade mais importante para a ideal formação do seu caráter.

filhotes precisam brincar muito durante seu desenvolvimento e a ausência da brincadeira, pode acarretar em problemas comportamentais de proporções irreversíveis na idade adulta.

A brincadeira e a socialização dos cachorros não deve ultrapassar as seis semanas de vida, enquanto os gatinhos precisam brincar desde a terceira semana. Instintivamente, as ninhadas de cães e gatos começam a brincar muito cedo. Começam a interagir entre os irmãos assim que abrem os olhinhos e devem ser estimulados pelos seus donos, mantendo as brincadeiras como rotina durante toda a fase de
crescimento.

As brincadeiras são importantes pois trazem para os cães e gatos um ideal desenvolvimento cardiovascular, maior equilíbrio, coordenação motora, lubrificação das articulações e habilidades como a caça e instinto de proteção. Proporcionam ainda, maior facilidade de manipulação do animal na idade adulta, evitando problemas como, por exemplo, a resistência na hora de levá-lo ao veterinário. A distração e o entretenimento são essenciais para a vida do animal de estimação, e evita que ele possa adquirir vícios destrutivos ou indesejáveis, além de aumentar o vínculo afetivo com toda a família e demais animais da casa.

 



É importante ressaltar que a brincadeira agressiva possui seus aspectos negativos. Os gatos, por exemplo, quando brincam na natureza, gradualmente se tornam mais agressivos, principalmente por que eles necessitam proteger-se de eventuais predadores. Isto pode resultar em uma personalidade considerada "antissocial". O motivo pelo qual a maioria dos gatos domésticos são tão sociais com as pessoas é que eles percebem desde cedo que fazem "parte da família". Eles percebem o amor oferecido por seus donos e isso muda tudo!

 Por isso, na infância de qualquer animal, um tapa, uma vassourada, ou até mesmo um susto, gritos, ou batidas de porta, podem levar a consequências desastrosas para a sua personalidade.

É preciso salientar que a brincadeira agressiva tanto entre cães, como entre gatos filhotes, muitas vezes acaba mal. O instinto de agressivide dos animais diminui consideravelmente quando o filhote sente-se recompensado pela diversão, o que acaba proporcionando um aprendizado importante. Durante essa fase, o filhote compreende os limites das brincadeiras. No caso de exagero por parte dos filhotes, os donos devem repreendê-los prontamente, mas sem machucá-los. Dessa forma, os filhotes compreendem até onde podem ir com suas brincadeiras, aproveitando esta fase ao máximo. 
Fonte: http://blog.guiaderacas.com

Algo mais sobre a Otite Externa



A otite, nada mais é que, a inflamação do conduto auditivo dos nossos pequenos amigos. Esta enfermidade pode ser causada por diversos fatores e diferentes agentes etiológicos, como: fungos, bactérias e ácaros.

Todo cão pode ter otite quando há fatores predisponentes, porém, os cães de orelhas caídas e/ou com muitos pêlos no seu interior (como Cocker Spaniel, Golden Retriever, Poodle, Basset Hound, Beagle) apresentam uma maior probabilidade de desenvolver otite. No caso dos felinos, estes geralmente apresentam problemas relacionados à presença de um ácaro, caracterizando a sarna otodécica.






Os sintomas mais comuns são: mau cheiro vindo das orelhas dos animais, coceira de um ou dos dois ouvidos, às vezes com gemidos de dor, chacoalhar frequentemente a cabeça, batendo as orelhas; as secreções podem ser visíveis ou não, variando a coloração.

Alguns casos tornam-se crônicos devido à capacidade de resistência dos fungos e bactérias aos medicamentos utilizados frequentemente com o passar dos anos. Nesses casos mais graves, podemos observar um certo grau de inflamação do conduto auditivo. Geralmente, as otites externas são as mais comuns, porém quando não tratadas, podem evoluir para uma otite média e até interna, causando alterações e sintomas mais severos, como infecção generalizada, estenose do conduto auditivo e até perda da audição.

O tratamento é realizado, geralmente, à base de medicamentos tópicos, sendo sempre necessário antes das aplicações diárias uma boa higiene, retirando as secreções que possam vir a dificultar a ação dos medicamentos.




 Em alguns casos, quando o quadro inflamatório se apresenta tão grave, o animal afetado é submetido ao uso de medicação oral, além da tópica; em casos extremos, até procedimentos como a lavagem otológica, sendo realizada com o objetivo de diminuir a carga de agentes contaminantes no conduto auditivo.

Para prevenir o aparecimento desta enfermidade no seu animal e livrá-lo desta dor, basicamente basta manter o seu ouvido limpo, realizando a inspeção e limpeza periodicamente. Ainda, durante o banho, tome muito cuidado para evitar a entrada de água nos ouvidos; animais que tem contato com piscinas devem ter as orelhas limpas e bem secas após saírem da água. 

E só remova os pêlos se for necessário, caso o animal já tenha algum histórico de otite. Não é recomendável arrancar os pêlos como cuidado dos ouvidos, pois a irritação que este procedimento provoca pode predispor à otite externa, desencadeando todo o problema.
Publicado no Jornal Guarulhos/Fonte:clinicapontegrande.com.br

Como lidar com Gatos Agitados



O gato sempre foi conhecido por ser um animal independente e desconfiado. No entanto, diferente do que muitos acreditam, ele pode se apegar extremamente ao dono e como qualquer outro bichinho de estimação, pode também adquirir maus costumes e se tornar carente de afeto.

 Se você  não compreende os miados constantes e a causa do mau comportamento de seu amiguinho, a saída é se informar para entender o porquê dele estar agindo desta maneira, a fim de melhorar a convivência entre você e o animal. 

Veja como lidar com gatos agitados:



 

O que causa agitação

Na maioria das vezes é a carência: quando o gato está agitado ou ansioso ele clama por atenção a todo o momento e não importa se é dia ou noite – ele sempre lhe surpreende fazendo de tudo para ser acariciado ou para conseguir o que deseja.
Muitas vezes ele pode interromper o que o dono está fazendo, se intrometendo entre a pessoa e suas obrigações diárias de modo a pedir sempre por mais. Ainda existem gatos que miam de madrugada por encontrarem uma porta fechada, ou simplesmente cismam com pequenas coisas como a vasilha de ração ou água cheias pela metade,  por mais que você as tenha trocado a pouco tempo.


 

Como lidar

Se você se encontra nesta situação com o seu bichano, saiba como reverter o problema da melhor forma possível, para garantir a satisfação do seu gato como também assegurar a sua tranquilidade e sossego.
A Cat Chow dá algumas dicas interessantes sobre como lidar com gatos agitados: para os que miam durante toda a madrugada ao encontrar a porta do quarto fechada, você pode utilizar um aspirador de pó e apenas fazer um rápido barulho para espantar o gatinho – em apenas três dias ele assimilará que este comportamento é errado. Outra coisa que você pode fazer é usar um spray de água espirrando algumas gotas quando seu comportamento estiver equivocado.

 É importante lembrar de sempre recompensar o seu bichinho com carinho quando se portar bem  e permita que ele gaste energia a vontade correndo ou brincando pela casa – assim ele ficará cansado a noite e dormirá, não interrompendo o seu sono. Acima de tudo, é válido ressaltar que o animal de estimação também precisa ser educado pois desta forma você e ele poderão ter uma convivência feliz e saudável por muito mais tempo.
Fonte: mundodastribos.com

Cães nervosos




Cada cão tem sua própria personalidade, mas o nervosismo é um traço normalmente mal compreendido. Um cão nervoso precisará de cuidado extra ao ser apresentado a novas situações ou pessoas e pode ser mais desconfiado do que outros cães. Veja aqui algumas sugestões para ajudá-lo a lidar com um animal de estimação nervoso.

Embora o nervosismo seja muitas vezes herdado, há passos a serem tomados para reduzir os efeitos em seu cão. Socializar seu cão desde cedo, expondo-o a novas situações, vai ensiná-lo a não ter medo conforme for crescendo. Entretanto, você deve sempre ter cuidado para não estimular ou amedrontar demais seu filhote ou cão adulto.

Se um cão é nervoso, os sinais indicativos incluem lamber os lábios, evitar contato visual, uivar ou tentar fugir e se esconder. Se perceber estes sinais, tente tirá-lo da situação desagradável ou tente tirar de sua mente a ansiedade divertindo-o, brincando com brinquedos, por exemplo.




Se não perceber (ou, pior ainda, ignorar) os sinais de nervosismo, seu cão pode começar a se acovardar, colocar o rabo entre as pernas e arfar. Caso o cão mostre estes sinais, não force-o a enfrentar as situações para que "se acostume a elas". Se for continuamente forçado a passar por estas situações e for incapaz de escapar, pode reagir rosnando, pulando ou mordendo, em uma tentativa de se livrar do que está deixando ele nervoso.

É muito importante não punir seu cão por esse comportamento. Isso fará com que sinta que agressão é a única forma de se defender de situações amedrontadoras. Ele pode começar a ter medo de você.
Alguns cães podem ficar nervosos apenas com algumas coisas, como barulhos altos ou pessoas estranhas. Isso normalmente acontece depois de uma ou duas situações assustadoras ou se seu cão nunca passou por uma situação semelhante. Caso seu cão tenha este problema, você pode ajudar controlando sua exposição ao que o amedronta e premiando-o com carinho, brincadeiras ou comida.
Caso seu cão se comporta de forma agressiva, é importante discutir isso com o veterinário, ele pode indicar um consultor sobre comportamento canino.



Mesmo que seu cão não mostre sinais de agressividade, mas continue nervoso, ainda pode ajudar ensinando-o a ser mais obediente e calmo. Observe-o cuidadosamente e quando notar os primeiros sinais de nervosismo, tire-o da situação em que está, para ajudá-lo a relaxar. Fazendo isso, você mostrará a seu cão que pode confiar em você para protegê-lo.
Quando souber a causa do nervosismo, deve evitar a situação, mas comece a construir sua confiança através de brincadeiras. Mantendo seu cão ocupado, ajudará a tirar a mente dele de situações assustadoras. Atividades fí­sicas ajudarão o animal a ficar mais relaxado e confortável no ambiente em que está.

Quando seu cão estiver mais confiante, brincando com você e obedecendo a seus comandos, você pode gradualmente introduzi-lo novamente àquelas situações que o fazem sentir medo. Mantenha-o à uma distância segura e observe se há sinais de nervosismo. Antes de seu cão ficar nervoso, encoraje-o a brincar um pouco. Continue com esse exercí­cio até que tenha confiança para relaxar em uma situação assustadora. Não se esqueça de premiá-lo com comida e muito carinho, porque ele certamente merece!
Fonte: pedigree.com.br

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Historias do Cão na Espiritualidade



O cão (Canis lupus familiaris), no Brasil frequentemente chamado de cachorro, é um mamífero canídeo e talvez o mais antigo animal domesticado pelo ser humano. Teorias postulam que surgiu do lobo cinzento no continente asiático há mais de 100.000 anos. Ao longo dos séculos, através da domesticação, o ser humano realizou uma seleção artificial dos cães por suas aptidões, características físicas ou tipos de comportamentos. O resultado foi uma grande diversidade de raças caninas, as quais variam em pelagem e tamanho dentro de suas próprias raças, atualmente classificadas em diferentes grupos ou categorias. As designações vira-lata (no Brasil) ou rafeiro (em Portugal) são dadas aos cães sem raça definida ou mestiços descendentes.

Com uma expectativa de vida que varia entre dez e vinte anos, o cão é um animal social que, na maioria das vezes, aceita o seu dono como o “chefe da matilha” e possui várias características que o tornam de grande utilidade para o homem. Possui excelente olfato e audição, é bom caçador e corredor vigoroso, relativamente dócil e leal, inteligente e com boa capacidade de aprendizagem. Deste modo, o cão pode ser adestrado para executar um grande número de tarefas úteis, como um cão de caça, de guarda ou pastor de rebanhos, por exemplo. Assim como o ser humano, também é vítima de doenças como o resfriado, a depressão e o mal de Alzheimer, bem como das características do envelhecimento, como problemas de visão e audição, artrite e mudanças de humor.

A afeição e a companhia deste animal são alguns dos motivos da famosa frase: “O cão é o melhor amigo do homem”, já que não há registro de amizade tão forte e duradoura entre espécies distintas quanto a de humano e cão. Esta relação figura em filmes, livros e revistas, que citam, inclusive, diferentes relatos reais de diferentes épocas e em várias nações. Entre os cães mais famosos que viveram e marcaram sociedades estão Balto, Laika e Marley. Na mitologia, o Cérbero é dito um dos mais assustadores seres e, na ficção, Pluto, Snoopy e Scooby-Doo há decadas fazem parte da infância de várias gerações.



Origem e História da Domesticação

 

As origens do cão doméstico baseiam-se em suposições, por se tratar de ocorrências de milhares de anos, cujos crescentes estudos mudam em ambiente e datação dos fósseis. Uma das teorias aponta para um início anterior ao processo de domesticação, apresentando a separação de lobo e cão há cerca de 135.000 anos, sob a luz dos encontrados restos de canídeos com uma morfologia próxima à do cinzento, misturados com ossadas humanas. Outras, cujas cronologias são mais recentes, sugerem que a domesticação em si começou há cerca de 30.000 anos, os primeiros trabalhos caninos e o início de uma acentuada evolução entre 15.000 e 12.000, e por volta de 20% das raças encontradas atualmente, entre 10.000 e 8.000 anos no Oriente Médio. Além das imprecisões do período, há também discordâncias sobre a origem. Enquanto especula-se que os cães sejam descendentes de uma outra variação canídea, as mais aceitáveis são a descendência direta do lobo cinzento ou dos cruzamentos entre lobos e chacais.

As evidências baseiam-se também em achados arqueológicos, já que foram encontrados cães enterrados com humanos em posições que sugerem afetividade. Segundo estes trabalhos de pesquisa, o surgimento das variações teria ocorrido por seleção artificial de filhotes de lobos-cinzentos e chacais que viviam em volta dos acampamentos pré-históricos, alimentando-se de restos de comida ou carcaças deixadas como resíduos pelos caçadores-coletores. Os seres humanos perceberam a existência de certos lobos que se aproximavam mais do que outros e reconheceram certa utilidade nisso, pois eles alertavam para a presença de animais selvagens, como outros lobos ou grandes felinos. Mais sedentários devido ao desenvolvimento da agricultura, os seres humanos então deram um novo passo na relação com os caninos.

 Eventualmente, alguns filhotes foram capturados e levados para os acampamentos na tentativa de serem utilizados. Com o passar dos anos, os animais que, ao atingirem a fase adulta, mostravam-se ferozes, não aceitando a presença humana, eram descartados ou impedidos de se acasalar. Deste modo, ao longo do tempo, houve uma seleção de animais dóceis, tolerantes e obedientes aos seres humanos, aos quais era permitido o acasalamento e que, quando adultos, eram de grande utilidade, auxiliando na caça e na guarda. Esse gradual processo, baseado em tentativas e erros, levou eventualmente à criação dos cães domésticos.

Foi ainda durante a Pré-História que surgiram os primeiros trabalhos caninos e, com isso, começaram a fortalecer os laços com o ser humano. Cães de caça e de guarda ajudavam as tribos em troca de alimento e abrigo. Com o tempo, aperfeiçoaram o rastreio e dividiram o abate das presas com os humanos. Por possuírem alta capacidade de adaptação, espalharam-se ao redor do mundo, levados durante as migrações humanas e aparecendo em antigas culturas romanas, egípcias, assírias, gaulesas e pré-colombianas, tendo então sua história contada ao lado da do homem.

No Egito Antigo, os cães eram reverenciados como conhecedores dos segredos do outro mundo, bem como utilizados na caça e adorados na forma do deus Anúbis. Esta relação com os mortos teria vindo do hábito de se alimentarem dos cadáveres, assim como os chacais. No continente europeu, mais precisamente na Grécia Antiga, cães eram relacionados aos deuses da cura, com templos que abrigavam dezenas deles para que os doentes pudessem ser levados até lá e terem suas feridas lambidas. Neste período, também combateram junto aos exércitos de Alexandre, o Grande, espalhando-se pela Ásia e Europa. Na Gália, além de guardiões e caçadores, detinham a honra de serem sacrificados aos deuses e enterrados nos túmulos de seus donos. Durante o período do Império Romano, os cães, sempre fortes e de grande porte, foram utilizados para a diversão do público em grandes brigas no Coliseu de Roma. Trazidos da Bretanha e da parte ocidental da Europa, eram mantidos presos e sem alimentos, para que pudessem ficar agressivos durante os espetáculos, nos quais deviam matar prisioneiros, escravos e cristãos. Sua fama ficou tão grande que as raças da época quase foram extintas, devido ao exagerado uso em guerras e apresentações.

Com o fim do Império Romano, o mundo entrou na fase da Idade Média, já com os cães espalhados pelo continente europeu, levados pelos mercadores fenícios do Oriente Médio à região mediterrânea e adentrado a região seguindo soldados romanos. Foi nessa época que os caninos perderam o relativo prestígio de antes, já que doenças como a peste negra assolavam a Europa e eram os cães que comiam os cadáveres nas periferias das cidades. A Igreja Católica, enquanto instituição mais influente, passou a relacioná-los à morte e considerá-los criaturas das trevas. Sua mentalidade supersticiosa popularizou-os como animais de bruxas, vampiros e lobisomens. Tal influência, por incentivo da Inquisição, resultou em matanças de lobos, cães e híbridos. Indo ainda mais além, estipulou decretos que diziam que se qualquer preso acusado de bruxaria fosse visitado por um cão, gato ou pássaro, seria imediatamente considerado culpado de bruxaria e queimado na fogueira.

 Apesar de toda a perseguição, no fim deste momento, os cães já começavam a ser vistos como companhia infantil. Durante o Renascimento, a visão negativa sobre os cães foi desaparecendo, já que caíram no gosto dos nobres. Durante este período, os caninos eram utilizados para a caça esportiva e criados com cuidado dentro dos canis de cada castelo. Com as famílias livres para desenvolverem suas próprias raças, as variedades de cada região começaram a surgir. Estas novas raças eram consideradas tesouros não encontrados em nenhum outro lugar do mundo, e por isso, dadas de presente entre a nobreza, por representarem grande sinal de riqueza. 

 Esta atitude ajudou a difundir ainda mais a variedade e a preservar determinadas raças, quando em seu lugar de origem acabavam exterminadas. Adiante, também na Europa, nasceram os cães de companhia, já que o apreço por eles crescia, conforme se via a fidelidade. Guilherme de Orange dos Países Baixos chegou a declarar que seu cão o salvou de um atentado. Ao mesmo tempo que a diversidade crescia no continente, tribos siberianas usavam seus cães para praticamente tudo, já que eram bastante fortes e úteis para locomoção e outras atividades. Estes caninos, importados da Sibéria, ajudaram o ser humano na conquista dos polos pelos primeiros homens a pisar no Polo Sul e Polo Norte, puxando seus trenós.

No período das grandes navegações, os homens migraram ao Novo Mundo com seus caninos. Apesar de não serem desconhecidos dos povos pré-colombianos, a variedade o era. Também durante a conquista, a presença deste animal teve sua utilidade: nas guerras contra os nativos, farejadores eram utilizados para encontrar e matar os índios. A respeito disso, há a lenda de que, na atual República Dominicana, milhares de indígenas foram exterminados por uma tropa de 150 soldados de infantaria, trinta cavaleiros e vinte cães rastreadores. Durante o século XIX, apesar de polêmicos, os treinamentos dos caninos para lutas e guerras, ganhou popularidade como na época de Alexandre. Nessa fase, algumas raças foram compostas por animais menores, mais brutos e de musculatura mais forte, como o bull terrier.

No século seguinte, eventos tornaram a marcar a evolução canina. As guerras mundiais extinguiram as raças das regiões mais afetadas e ajudaram a popularizar as variedades militares, como o pastor alemão e o dobermann, enquanto rastreadores. No Japão, em plena guerra, o imperador decretou que todos os cães que não pastores alemães fossem mortos para a confecção de uniformes militares com seu couro. Devido a isso, muitos criadores de akitas cruzaram seus animais com pastores alemães, para tentar fugir ao decreto. Os resultantes destes cruzamentos, levados aos Estados Unidos pelos soldados, foram os primeiros na criação de mais uma nova raça. Foi também após as guerras mundiais que surgiram os primeiros centros de treinamento de cães-guia de cego. Modernamente, apesar de fazer parte da história humana desde a imagem divina aos soldados das guerras, o cão tornou-se um animal de estimação apenas no século XX, já adaptado aos modos de vida dos seres humanos, devido a sua habilidade de fazer de diversos ambientes os melhores possíveis, e ao voltar suas capacidades de aprendizado à domesticação. Diz-se que esta mútua relação entre os dois mais numerosos carnívoros do mundo deve-se à compreensão e à evolução cerebral canina em entender o que querem as pessoas.


 

 

 

Características

Os Sentidos

Os cães pertencem à família dos canídeos, da qual fazem parte também as raposas e os lobos. Esta família de predadores possui sentidos apurados para a captura de presas e para proteção da matilha. Apesar da domesticação e do cruzamento seletivo, o que tornaram o cão menos dependente de seus sentidos, estes ainda são considerados habilidades sensoriais incríveis. Assim como em humanos e outros mamíferos, seus sentidos dividem-se em cinco:

  • Olfato: considerado o principal sentido canino, superior a de todos os outros animais. Tal característica marcante advém das ramificações dos nervos olfativos na cavidade nasal, que ocupam 160 cm², enquanto no homem a área chega a 5 cm². Em outra comparação, as células olfativas do ser humano chegam a cinco milhões, enquanto em um cão atingem 220 milhões. Essencialmente farejador, o nariz do cão tem um grande número de fendas permanentes, diferentes de animal para animal, como as impressões digitais. Por essa razão, ele pode ser usado para a identificação individual. Os cães possuem trinta vezes mais sensores olfativos que um ser humano. Tal capacidade apurada permite a um cão adestrado/policial, por exemplo, localizar drogas, minas terrestres e pessoas sob escombros. É devido a suas dobras convolutas que qualquer cheiro, por mais sutil que seja, pode ser capturado.
  • Audição: como o olfato, é outro sentido bastante desenvolvido no canino, que, diferente do ser humano, ouve sons de alta frequência e baixo volume. Por meio de suas orelhas direcionáveis, característica esta comum aos mamíferos, são capazes de localizar com precisão a direção e a origem do som em seis centésimos de segundo. São ainda capazes de ouvir a uma distância quatro vezes superior a do ser humano. Tais características concedem-lhe úteis habilidades, como a capacidade de discernir com facilidade as palavras pronunciadas por seu dono, ainda que o tom da voz e os gestos não sejam desconsiderados.
  • Visão: a visão noturna dos cães é muito mais apurada que a dos humanos. Seu ângulo de visão também é mais amplo, devido a posição de seus olhos, localizados ao lado da cabeça. O cão tem visão colorida, mas só consegue diferenciar as cores violeta, azul e verde e vê da mesma maneira o verde, o amarelo, o laranja e o vermelho. Os cães são mais sensíveis a luz e ao movimento, captando, com maior facilidade, algo movendo-se no escuro. Contudo, possuem menor capacidade de foco e de diferenciar as cores. Em igual, enxergam em três dimensões. A visão é ainda responsável por transmitir certas marcas comportamentais desses animais. Enquanto fitar diretamente com os olhos significa relação de entendimento e segurança, nunca fitar significa o oposto; deslocar o olhar demonstra, além de insegurança, o medo, ao passo que o olhar fixo mostra uma possível vontade de atacar.
  • Tato: sentido considerado pouco desenvolvido, o tato é fundamental na relação afetiva com outros animais. Junto ao olfato, é o primeiro sentido a funcionar em um cachorro na percepção extrassensorial. Nos cães, as sensações térmicas, táteis e de dor, são percebidas pelas terminações nervosas que, densas, formam uma rede ligada à medula espinhal e ao cérebro. Ao tato está ligada a sensibilidade do animal, que sente mais o frio que o calor, respondendo com aceleração da respiração e a evaporação da água através da língua. As partes responsáveis por este sentido formam uma rede nervosa concentrada na base dos pelos, que nem sempre apresentam a mesma sensibilidade. As vibrissas, pelos longos do focinho, dos supercílios e do queixo, são particularmente providas de terminações nervosas.
  • Paladar: sentido pouco desenvolvido. Em relação com o homem, possui quase nove vezes a menos o número de papilas gustativas. Por isso, o sabor que os cães sentem está diretamente ligado ao odor. É também por esta razão que podem consumir diariamente o mesmo alimento.

Reprodução e Esterilização


É de muito tempo que a reprodução canina divide-se em assistida e natural. A primeira refere-se ao fato do homem observar sua cadela seja em um cruzamento natural, seja em um manipulado – de fins financeiros, como uma cria de pedigree para venda ou competições, ou ainda, para seleção artificial de uma raça ou criação de uma nova, geralmente realizados através de inseminações artificiais ou cruzamentos controlados. Em relação aos animais, as fêmeas, assim como as mulheres, nascem com um determinado número de óvulos, enquanto os machos atingem a idade sênior de doze anos ainda férteis.

Em um cruzamento natural, assistido ou não, o processo é iniciado na fase do cio da cadela, que dura em uma média de quinze à vinte dias, cujo ápice da fertilidade é atingido entre o 8.º e o 11.º dias. A cópula então começa com uma fase de farejamento. A ereção do macho é possibilitada pela rigidez do osso peniano e pelo fluxo de sangue do tecido erétil. Com um monte bem sucedido, desencadeia-se então as contrações vaginais na fêmea que favorecem a ascensão dos espermatozóides, a manutenção da ereção e o “aprisionamento” do macho durante a ejaculação na fase prostática. Esta fase dura um mínimo de cinco minutos, embora possa atingir trinta. Já a inseminação artificial, sempre assistida, é feita de três diferentes formas: com sêmen fresco, refrigerado ou congelado. Contudo, todas se caracterizam como técnicas de reprodução impossíveis de ocorrerem sem a intervenção do ser humano, que vão, desde o recolhimento do material do macho a sua introdução na fêmea.

Faz parte da reprodução também a gestação, que dura em média sessenta dias e gera um número variado de filhotes, dependendo do tamanho e do sistema reprodutor da fêmea, bem como os cuidados com os cachorros. A alimentação de uma cadela durante a gestação é fundamental para o nascimento de uma cria saudável. Os cuidados alimentares devem ter início antes mesmo do acasalamento e prosseguirem até o desmame dos filhotes, já que ela é bastante exigida também nesta etapa. A fêmea não deve estar gorda quando cruzar e não pode receber gorduras na alimentação, mas ao contrário, tem bastante necessidade de proteínas, cálcio e sais minerais. Por fim, faz-se ainda necessária atenção aos filhotes. Nesta fase, a cadela é protetora e os amamenta por cerca de 45 dias. Aos poucos, os cachorros, que desenvolvem primeiramente o olfato e o tato junto à mãe, abrem os olhos e as orelhas, que lhes conferem dois sentidos bastante aguçados.

Na outra ponta da reprodução está a esterilização, chamada também de castração, comum em animais domésticos e uma necessidade para o controle de animais nas cidades, geralmente abandonados nas ruas. A esterilização em si consiste na remoção cirúrgica completa dos órgãos com funções restritivamente reprodutoras. Nas fêmeas, retira-se o útero e os ovários, o que elimina os cios. Nos machos, retira-se os testículos, deixando-se a bolsa escrotal vazia. O processo é classificado como indolor, devido a anestesia, incômodo, após o procedimento, e seguro, devido a eficácia dos resultados para o animal e para a sociedade.







Envelhecimento

O envelhecimento canino é um processo natural ainda não totalmente entendido, embora sabido que ocorra de modo variado, dependendo das raças e de seu porte. Enquanto um cão de médio porte vive em torno de doze anos, um gigante tem expectativa de vida mais curta. Antes, acreditava-se que estes animais envelheciam sete anos para cada ano de vida de um ser humano. No entanto, essa teoria foi revista, e mais recentemente, tenta-se comparar o estágio de desenvolvimento inicial da vida do cão com aquele dos seres humanos. De acordo com alguns resultados obtidos, raças pequenas alcançam seus tamanhos finais entre os oito e os doze meses; raças de porte médio entre doze e dezesseis meses; de porte grande entre dezesseis e dezoito meses; e as gigantes, por volta dos dois anos. 

Com isso, foi possível traçar um paralelo que resultou em variação de porte para porte. As raças pequenas e médias têm os cinco primeiros anos de vida para o primeiro ano humano. Deste ponto em diante, são quatro para cada ano vivido por um ser humano. Já as raças grandes e gigantes, de maturidade mais lenta, envelhecem sete e doze, respectivamente, em seu primeiro ano de vida, com cinco e sete anos a partir do segundo ano de vida, para cada tamanho. Com base nessas afirmações, pode-se dizer que um chiuaua nascido no mesmo dia e ano que um homem, tenha, cinco anos mais tarde, 21.

Cães de idade avançada estão mais sujeitos a doenças, dores e alterações comportamentais. Por isso, é importante dar atenção às mudanças da idade de um cão doméstico, pois isso permite suprir novas necessidades e proporciona melhores condições de vida. Entre os principais males que podem acometer os idosos caninos estão a artrite, o mal de Alzheimer e a depressão. Esses problemas e outros, como a queda de dentes, decorrentes da idade, são diagnosticáveis desde o início pela observação das mudanças comportamentais e pela realização de constante acompanhamento veterinário. Problemas de visão e audição, quietude e esbranquiçamento e queda do pêlo são fatores considerados normais, causados pelo avanço da idade.

Comunicação

A forma de comunicação mais conhecida dos cães é o latido, apesar de chorarem, rosnarem, uivarem, cheirarem e utilizarem de sua linguagem corporal para se fazerem entender tanto para os caninos quanto para os seres humanos.
A relação entre os cães ocorre, na grande maioria das vezes, de modo bem diferente a dos homens. Por conta disso, muitas vezes suas atitudes não são compreendidas, como porque se cheiram tanto, latem sem motivos, estão brincando e de repente começam a brigar. Os cães também sentem medo, ansiedade, interesse, alegria e outras emoções. E, por serem animais gregários, dedicam parte do tempo em conhecer seu status dentro da relação. 

No aprendizado, cães precisam do contato com outros cães para aprenderem sua linguagem. Durante as primeiras sete ou oito semanas, os cachorros aprendem toda a base da comunicação com a mãe. Se eles a machucam, ela grunhe e os afasta, e na época do desmame, mostra-se aborrecida com o ataque às mamas, por exemplo. A partir daí, o contato com os irmãos também é importante. Nas brincadeiras com outros filhotes, o cachorro aprenderá como demonstrar a dor e a brigar pela comida. De todas as formas de comunicação, a mais importante da vida do cão, entre os cães, é a corporal. Através da leitura da posição das orelhas, da cauda, dos olhos e do corpo em geral, os cães poderão identificar o estado de outro animal, como a aceitação das brincadeiras ou da dominância. O odor, também de animal para animal, é importante na comunicação para a identificação única de cada indivíduo. É através do cheiro que ainda identificam quando uma cadela está no cio ou a mensagem da urina em determinado local demarcado.

Pelo ser humano comunicar-se verbalmente, acredita que esta seja a principal forma de comunicação canina. O latido, em geral, significa um pedido de atenção quando carentes, entediados, excitados ou sozinhos, e um alerta de perigo. Entre homem e animal, além do latido, outra forma de comunicação é o choro. Chorando, os cachorros percebem desde cedo que tanto a mãe quanto os donos lhe atendem e passam a usar disso como meio de obter atenção. Além disso, o choramingo demonstra susto com barulhos altos, como trovões. O rosnado por sua vez, é o som mais simples de se entender, tanto para os caninos, quanto para os humanos, pois significa ataque caso não haja o recuo do outro diante da posse, demarcação ou proteção. Por ser um sinal de agressividade, não costuma ser ignorado. 

Por fim, o uivo é um som familiar e único, que demonstra também excitação, o alerta, a solidão e o desejo. É usado quando caçam e encurralam suas presas ou só para ver se alguém aparece. Em um paralelo, o uivo é tão contagiante quanto o bocejo humano: quando um começa e outro ouve, o faz. No relacionamento homem e animal, seus meios de comunicação causam problemas que geram determinadas soluções apenas para o ser humano. Entre as mais eficientes e definitivas estão o uso de coleiras anti-latidos, que associam o ato de latir com algo negativo, como jatos de citronela no focinho, e as operações que retiram as cordas vocais.

 

 

 

Relacionamento com o Homem

O processo de domesticação fez com que os cães se adaptassem aos homens em todos os sentidos. Desse modo, estes animais adquiriram riqueza fônica superior à do lobo, alimentam-se das mesmas coisas e mudaram sua morfologia para acompanhá-los ao longo do tempo. No entanto, neste relacionamento perfeito, um detalhe precisa estar todo o tempo estabelecido: a hierarquia. Assim, fica claro ao cão que o homem é o dominante do líder canino da matilha, tornando tal estabelecimento possível devido a sua superior inteligência quantitativa. Deste ponto, é dever do ser humano, como líder, premiar boas condutas, castigar a desobediência, administrar os recursos essenciais e não usar de brutalidade. Isso dá ao cão a proteção e a certeza de que todas as suas necessidades serão satisfeitas, e acima disso, uma boa relação de convivência.

 Essa convivência explica que, ao longo dos tempos de mutualidade, foi possível obter-se um êxito tão grande no relacionamento entre duas espécies distintas, só comparadas com aquelas que precisam umas das outras para sobreviverem. Segundo estudos realizados na Universidade de Viena, a adaptação dos cães é devida ao fato de terem desenvolvido a habilidade de aprendizado por imitação. Habilidade esta que evoluíram e continuam a utilizar para evitar o aprendizado por tentativa e erro, considerado, na prática, mais arriscado. A pesquisa, que afirma esta ser uma característica comum em outros grupos animais, destaca a diferença canina no fato de terem crescido e se desenvolvido no meio humano ao longo dos anos. É inquestionável, portanto, e pode-se afirmar com segurança que a adaptação foi feita do cão ao homem e não em sentido contrário.

Em termos práticos, o cão obtém dessa relação uma melhora em sua atitude quanto à sobrevivência, já que tem comida em abundância, evita a depredação e otimiza a qualidade reprodutiva e também quanto à atitude social, pois se integra em uma mais ampla. Já o homem é ainda mais favorecido, pois melhora a segurança de seu grupo, as necessidades gregárias e por vezes as físicas e psicológicas.
Reconhecida e inegavelmente uma espécie domesticada, algumas raças de cães possuem características específicas que os fazem se destacar em algumas tarefas. Para desenvolver mais estas peculiaridades os cães normalmente são adestrados para obedecerem ao dono e para reagir corretamente a determinadas situações. Tal estrutura, elaborada pelo ser humano ao longo de seu convívio e interação com os caninos, só é possível devido ao comportamento do cão em relação ao homem e gerou certa variedade de classificação de suas raças, todas admitidas pelo órgão oficial máximo. Todavia, em toda classificação são postas as informações standard, que mostram o nome de origem do cão, seu padrão e suas eventuais variedades, bem como características comportamentais, de caráter, educação e utilização. 

Em suma, o standard é obtido através dos estudos da cinologia e apresenta a origem da raça e suas diferentes variedades admitidas, a aparência geral e o aspecto que deve ter sua estrutura externa: a cabeça, o pescoço, o corpo, os membros e a cauda. Como última característica, o standard evolui com o passar dos anos, estabelecendo padrões que se modificam de acordo com a evolução de cada raça seguindo os processos naturais e artificiais de reprodução.

Existem ainda os caninos com funções específicas, sem distinção e limitações de raças, com certas preferências de acordo com as aptidões de cada categoria, como por exemplo, os cães-guia de cegos, adestrados para guiar deficientes visuais totais ou parciais, e auxiliá-los nas tarefas caseiras e nas ruas e os cães ouvintes, selecionados e treinados para ajudarem os surdos ou deficientes auditivos, alertando-os para sons importantes dentro de casa, como campainhas e alarmes de incêndio, bem como fora, chamando a atenção para sons como das sirenes, empilhadoras, aproximação de pessoas e o chamamento do nome do manipulador.

De todos os animais que conhecemos, o cão é o que mais uniu a nós. Para o cão o tempo parou. A sua alma, incólume ao século nervoso das bombas atômicas e viagens interplanetárias, não conhece nem malícia nem falsidade. Com a mesma alegria natural, ele nos acompanha na chuva torrencial e no forte calor: sempre o amigo mais fiel do homem.

Théo Gygas, em “O cão em Nossa Casa”
Além destas várias funções, em geral desenvolvidas e utilizadas em conjunto com o ser humano, há ainda a provável mais antiga relação de afeição mútua, que transformou o cão no “melhor amigo do homem”. Tal afirmação, apesar de considerada por muitos apenas uma crença popular, possui um início. Esta frase foi pronunciada pela primeira vez pelo advogado George Graham Vest, em um tribunal dos Estados Unidos, já que seu cliente, Charles Burden, dono de um galgo chamado Old Drum, descobriu que seu vizinho o havia assassinado sem motivo aparente e decidiu denunciar o fato. No julgamento, Graham então discursou:
Cavalheiros do júri: O melhor amigo que um homem possa ter, poderá se voltar contra ele e se converter em seu inimigo. Seu próprio filho ou filha, a quem criou com amor e dedicação infinita, podem demonstrar ingratidão. Aqueles que estão bem próximos de nosso coração, aqueles a quem confiamos nossa felicidade e bom nome, podem se converter em traidores.
Neste relacionamento homem e animal, o cão não se importa se seu dono reside em uma mansão ou na rua, qual a sua religião ou a cor de sua pele. Vasilhas com água limpa e comida, cuidado, carinho e respeito são o suficiente para conquistar a confiança dele, que por isso, recebeu o título de melhor amigo do homem, antes mesmo da frase ser dita pela primeira vez. Em retribuição aos cuidados, o canino está sempre disposto a acompanhar o humano, não difama ninguém e não se importa com a aparência dos outros. Por vezes, a ligação é tão forte, que se o dono adoece, o cão fica ao pé da cama lhe esperando levantar. Um dos exemplos dessa forte ligação foi a menina ucraniana Oxana Malaya, a chamada garota-cachorro. 

Cuidada e criada por cães, adaptou-se ao ambiente no quintal de casa e viveu cinco anos como membro da matilha. Por estas razões, é tido como integrante da família por muitas pessoas e, por suas habilidades adquiridas, é um grande ajudante nas mais variadas tarefas. Por outro lado, há a desconfiança de que o cão não seja um animal de estimação, mas sim um evoluído parasita. Tal afirmação advém do fato do canino se adaptar completamente para satisfazer a necessidade biológica que o ser humano tem de cuidar de outro ser dependente e o tornar familiar, como também estar sempre perto quando o homem se sente só, aflito ou inseguro, e por, aparentemente estar no controle, pois o homem lhe dá comida quando sente fome, o leva ao veterinário quando está doente e lhe dá atenção quando pede.

Cães na Cultura Humana

É de tempos que o cão se relaciona com o homem. Através deste convívio, observam-se momentos positivos e negativos. Na cultura, povoa a realidade com heróis, companheiros de passatempo e de trabalho, os sonhos e como úteis cobaias; na Mitologia, o canino também está presente, desde a ocidental à oriental; e, na ficção, figura em filmes, desenhos animados, seriados de televisão, livros e revistas:

Na Filosofia

De entre os discípulos de Sócrates uma corrente de pensamento passou à história com o nome de cinismo, que deriva do Ginásio Cinosargos, onde pregara Antístenes de Atenas ou, segundo outros autores, da palavra em grego para cão (Kynos), que seria o animal que seus adeptos tinham por exemplo como forma de vida ideal – na busca pela felicidade o homem só a obtém pela vida simples, com desprezo pelas riquezas e prazeres. O cínico mais notável foi Diógenes de Sínope que, além da corrente filosófica de nome “canino” também se identificava com o cão: conta-se que ele, morando num tonel, foi saudado por Alexandre Magno; este apresentou-se como um rei de quem as pessoas imputavam certa fama. Diógenes respondera-lhe ser “um cão, de quem dizem alguma coisa”; questionado pelo imperador por que dava-se um nome tão “baixo”, este respondera ser “porque eu adulo os que me dão, ladro contra os que me recusam e mordo os maus”.





Na Produção Artística e na Sociedade

Enquanto presença na sociedade humana, uma das primeiras aparições do cão como parte da produção cultural foi nas belas artes, figurando das pinturas às esculturas antigas. Na Pré-História, cerca de 4500 a.C, surgiram as primeiras pinturas rupestres com os cães de caça, cujas aparências não se assemelhavam a nenhuma raça atual. Contudo, no Egito Antigo, a semelhança pôde ser percebida em algumas ilustrações. No Ocidente, durante o período do Império Romano, o canino figurou na cultura e foi retratado na produção artística como o guardião do lar, feroz e dedicado ao dono. Já na Idade Média, regrediu à Pré-história e passou a ser fundamentalmente um cão de caça, voltando a estar quase ausente de todas as manifestações pictóricas, provavelmente em virtude da má imagem que os artistas tinham nessa época de bichos vadios, agressivos, perigosos e esfomeados, que alimentavam-se de cadáveres. Por esta razão, figuravam apenas em pinturas de suas matilhas caçadoras.

Foi no Renascimento que a imagem do canino se humanizou, pois surgiu neste período o cão de companhia. Estes eram pintados em quadros ao lado de suas donas, apresentando-se menores que os anteriores caçadores. Foi durante o século XVI que foram representados em abundância nas artes. No século seguinte, o cão ganhou quadros para si, assumindo o papel principal da reprodução artística. Foi nesse período que surgiram os artistas especializados em retratar animais, como o francês François Desportes, e as pinturas realistas, tanto da anatomia, quanto das expressões. Pouco mais de cem anos adiante, os cães ganharam imagens quase sentimentais nas pinturas, conquistando espaço como símbolo de admiração e inspiração. Todavia, foi apenas no século XX que atingiu sua plenitude como animal de companhia, figurando em pinturas sendo acariciados por suas donas em passeios de gôndola ou sobre almofadas de seda.

Na produção de esculturas, a presença canina também foi grande. Começou ainda na Pré-História, representados em potes de barro, nos quais apareciam animais com abdómens exagerados e patas curtas. Adiante, na produção pré-colombiana, passaram a ter os traços da divindade à qual se encontravam associados, dando à produção escultural a expressão do mundo espiritual e místico. No Egito, o cão representava a figura do Deus Anubis, além de aparecer em obras de calcário e em baixo relevo, quando esculpidas as matilhas. Na Ásia, foi também esculpida a divindade do cão-leão, que figura em entradas de templos. Apesar de presente em esculturas de distintas culturas, somente na produção assíria o ato de esculpir os cães ganhou qualidade. Eram desenhados a sós ou em grupos, mas sempre com sutileza de traços. Nas antigas Roma e Grécia, estes traços foram aperfeiçoados para proporcionar um realismo quase perfeito, ainda que não tivessem grande valor sócio-cultural. Na Idade Média nasceram as representações imaginárias, nas quais os caninos figuravam nas casas como simples adornos. Mais tarde, apesar da forte presença na pintura renascentista, pouco apareceu na escultura da época, já que o cavalo era o foco principal dos artistas. Do século XVII em diante, o cão continuo a ser objeto escultural, agora mais para pesquisa que pela arte em si, que ficou a cargo dos artistas de animais.

Além da produção artística, o cão figura modernamente na sociedade nos mais diferentes níveis, desde cão de companhia de um presidente da república a cão de agility e exposição. Nesse esporte, praticado em dupla, há a interação cão e dono, em uma atividade que trabalha a atenção, a força e a agilidade canina, além da liderança do homem. Nascido em 1978, na Inglaterra, foi considerado esporte de entretenimento, como a exposição canina de estrutura e beleza. É nela que se estabelecem a qualificação e a classificação seletivas de exemplares que tenham potencial para aprimorar a criação de cães. Diferente do que se pensa, a classificação geral é feita entre os caninos presentes, ao passo que a qualificação, tida como mais importante, pois concede estatuto de acordo com suas virtudes e suas faltas, é feita para garantir a pureza de uma determinada raça.

Não relacionado diretamente com o animal, o cão continua no meio esportivo como mascote de times e de eventos mundiais, como a Copa do Mundo de Futebol de 1994, realizada nos Estados Unidos. O apreço pelos cães os tornam de mascotes esportivos a mascotes do dia a dia, como um SRD adotado em um cemitério brasileiro. Tão presente positivamente na cultura humana, povoa seus sonhos de forma negativa. Os variados significados de sonhar com o cão não trazem boa sorte, pois podem representar traição, fraude, surpresas ruins, intrigas familiares e reflexos negativos de personalidade. Na metafísica, são os guardiões do mundo subterrâneo. Podem também representar a parte mais animal da natureza humana, e muitos o vêem como a energia masculina em sua melhor expressão.

No âmbito científico, há o uso de animais para experimentação de produtos ou aperfeiçoamento das raças, os chamados cobaias, e para pesquisa genética. Em todos estes usos, há leis que proíbem os maus tratos e asseguram o melhor ambiente possível. Essas pesquisas genéticas são baseadas no fato de homem e cão partilharem determinadas doenças de mesma base genética, podendo então contribuir com informações sobre a patogenia de enfermidades como câncer, epilepsia, diabetes e problemas cardiovasculares. Sem correr o risco dos maus-tratos, os cães também estão presentes na área tecnológica, mas como robôs. 

Em uma pesquisa realizada no Japão, a maioria dos entrevistados disse preferir a companhia de um animal a de um ser humano. Daí então nasceu o conceito do cão-robótico para entretenimento. Como um exemplo está Aibo, da Sony, com vários recursos de inteligência artificial embutidos, que lhe dão a capacidade de aprender através da técnica de tentativa e erro e assim descobrir o que pode ou não fazer. Existe também uma nova versão desse robô, com capacidade de achar a tomada para recarregar suas baterias e reconhecer a voz e o rosto de seu dono. O Aibo pode ainda ter sua personalidade controlada por computador e ser manipulado por e-mail. Socializando, pode-se ver um time de futebol formado por vários desses robôs com aspectos de brinquedo: eles fazem gol e comemoram colocando as patas dianteiras para cima.

Além dessas, há outra utilidade apreciada pelos homens: o cão enquanto iguaria culinária. Animal de estimação e de imagem demasiada humana em várias culturas, em algumas é visto como alimento. Na Coreia do Sul, a carne de cachorro é um prato tradicional, chamado boshintang, para ser consumido na busca da boa saúde durante os conhecidos três “dias do cachorro”. No entanto, essa oriental tradição é frequentemente rejeitada pelos jovens sul-coreanos, devido à ocidentalização do pensamento de que o cão é um companheiro e não uma refeição. Na China, outro país oriental, há também o consumo de cachorro, mas como um prato exótico, devido a sua extrema variedade e fartura. Com mais de três mil anos de existência, a culinária deste país varia muito devido à adaptação das pessoas às regiões remotas, que aproveitam da natureza o que ela oferece para sobreviver. Apesar disso, o governo chinês rascunhou uma lei que proíbe o consumo de determinados animais, entre eles o cão. No relacionamento homem e canino, ao longo da história da Humanidade, muitos cães vieram a ter destaque por ações heroicas, puro companheirismo, e até mesmo pioneirismo, conquistando com isso, certa fama e reconhecimento humano. Entre os maiores exemplos está Balto, um mestiço de husky siberiano e lobo-cinzento, que foi herói no estado norte-americano do Alasca em 1925. 

Sua história, na qual salva vidas da difteria após percorrer uma enorme distância em plena nevasca para buscar remédios, é contada em filme, no qual é dublado pelo ator Kevin Bacon. Outro herói canino é Barry, um são-bernardo que salvou entre quarenta e cem pessoas perdidas na neve dos Alpes suíços durante 14 anos. Seu corpo está preservado no Museu de História Natural de Berna. Já Laika foi uma vira-lata do programa espacial soviético e o primeiro ser vivo a entrar em órbita espacial, feito este a bordo da Sputnik II. Assim como a cadela, Snuppy foi um outro pioneiro, desta vez no campo da ciência, ao tornar-se o primeiro cão clonado do mundo. Da raça galgo afegão, nasceu em 2005, após experimentos realizados pelos sul-coreanos e tornou-se notícia no mundo todo. Entre os maiores exemplos de companheirismo documentados está o caso do akita japonês Hachiko, cuja história deu origem ao filme Sempre ao seu lado protagonizado pelo ator Richard Gere. Este cão nasceu no início da década de 1920, no Japão, e vivia com o professor universitário Hidesaburo Ueno em Tóquio, onde o acompanhava de casa até a estação de trem de Shibuya.

 Em 1924, o professor faleceu e Hachi foi doado a outra família. Apesar disso, o cão sempre voltava à estação para esperar pelo antigo dono, repetindo o ato por dez anos até falecer em 1935, tornando-se uma lenda japonesa com direito a três estátuas de bronze, um filme nacional rodado em 1987 e um livro infantil. No Ocidente, Greyfriars Bobby, um skye terrier que viveu na Escócia, ficou conhecido por ter guardado o túmulo de seu dono por 14 anos, até falecer em 14 de janeiro de 1872. Um ano após sua morte, Lady Burdett-Coutts mandou erguer uma fonte e uma estátua em sua homenagem. Filmes e livros também foram baseados na vida deste cão, incluído um produzio pela Walt Disney Productions.

O Cão no Folclore Lusófono: Expressões, Crendices e Agouros

Ao contrário de Portugal, onde o cão dispõe de uma imagem de fidelidade e devoção, no Brasil há uma associação de sinonímia com o diabo e a palavra cão – ao passo que cachorro se usa em camada socialmente superior.
Na tradição clássica lusa quem mata um cão deve uma alma a São Lázaro. No sinete do Santo Ofício está a figura de um cão. Graças aos muçulmanos a visão sobre eles na África ganhou sentido pejorativo, como em Angola, onde a literatura oral banta figura-os como símbolos de covardia, sordidez e servilismo. Como nos Açores se chama ao demônio de cão negro e cão tinhoso, aventa-se que a associação no Brasil tenha vindo com os colonos açorianos, sobretudo no século XVIII.

Na Roma Antiga acreditava-se que os cães viam os espíritos; quando isto ocorre na crendice brasileira, diz-se o esconjuro: “Todo o agouro para o teu couro”. Acredita-se que quando uiva está a chamar desgraça para o dono, repetindo-se o mesmo agouro anterior, ou vira-se um sapato com a palmilha para o alto, fazendo assim o animal se calar. Quando o cachorro cavar a terra com o focinho para a rua, ou cava à entrada da casa acredita-se que cava a sepultura do dono; já se cava a terra com o focinho voltado para a casa é sinal de dinheiro. É sinal de azar o cão dormir com a barriga para cima, ao passo que se urinar na porta é boa sorte. Dentre as inúmeras crendices há também o cão dito “pesunho” – que possui uma unha a mais – que se crê capaz de ver e perseguir lobisomens.

Cão e Gato

Faz parte do imaginário humano a premissa de que o cão e o gato são inimigos naturais, bem como o felino é do rato. Frases do tipo “parecem cão e gato” reforçam a ideia de que os dois não se toleram. É sabido que estes mamíferos, apesar de domesticados e sob o apreço do homem, possuem hábitos totalmente diferentes, o que não é sinônimo de inimizade. O cão, mais sociável que o gato, devido a sua relação de dependência, pode sim viver com um gato sob o mesmo teto.

Essa afirmação popular pode ter surgido por disputas territoriais ocorridas diante dos olhos das pessoas. Quando um outro animal é introduzido no ambiente, o cão sente-se o protegendo do invasor. Isso pode acontecer com qualquer bicho, mas tornou-se mais comum entre cães e gatos por ambos serem espécies domesticadas e do agrado do ser humano. O cão vê o novo morador como ameaça, rosna para ele e o gato responde igualmente com o seu tipo de rosnado, o que significa uma agressão para o canídeo, que começa a persegui-lo. 

Rápido, o felino é um estímulo ao instinto caçador do cão, que não para de correr atrás. Ao que o gato cessa a correria, o cão desiste, pois a diversão acabou. Essas perseguições renderam filmes e personagens animados, como o buldogue Spike, o cão que persegue o gato Tom, e o longa Como cães e gatos, que mostram estes mamíferos como inimigos e provocadores mútuos. Na outra ponta, quando estes casos ocorrem entre dois caninos, o ser humano vê apenas como ciúme e não os iguala.






Na Mitologia e na Religião

Da mitologia ocidental à oriental, o cão figura como fera e como divindade. Uma das mais famosas imagens ocidentais é a de Cérbero: besta presente na mitologia greco-romana, é o filho de Tifão e Equidna, inimigo de Zeus, era irmão do cão bicéfalo Ortros e da Hidra, a serpente de sete cabeças. De sua união com Quimera nasceram o Leão de Nemeia e a Esfinge. Cérbero vivia na entrada do reino do deus Hades e costumava latir muito. Para aplacar sua ira, os mortos lhe davam um bolo feito de farinha e mel, presente que seus parentes deixavam nos túmulos. Apesar da conhecida lenda, sua morfologia no entanto, sofre com discrepâncias quanto ao número de cabeças, ainda que a versão mais aceita seja com três. Sua cauda também é atribuída de várias formas, como de escorpião, de cão ou de cabeça de serpente. 

Outro conhecido cão mitológico da Grécia, é Argos, cujo dono era Odisseu. Na Odisseia de Homero, foi Argos o único a reconhecer o herói quando este retornou para casa, morrendo logo depois disso. Outros cães presentes na mitologia grega são Argyreos e Chryseos, feitos de prata e ouro respectivamente, confeccionados pelo deus Hefestos; Ortros era o cão companheiro de Gerião, conhecido por ter sido morto por Hércules. Ainda no ocidente, o canino também figurou nas mitologias nórdica, com os Kenning, as conhecidas montarias das valquírias; germânica, com Barghest, lobo domesticado pelos goblins; celta, com Failinis da lenda dos ‘argonautas’ gaélicos, e Bran, o cão de Finn; e egípcia, com Anúbis.

No lado oriental da mitologia, este animal aparece como Tien-koan, o cão celestial chinês; e como Hōkō, a besta de cinco caudas da mitologia japonesa. Como híbrido, o cão também figura, mas na mitologia do Antigo Egito, como um cinocéfalo, macaco com cabeça de canídeo. Os cinocéfalos chegaram à Idade Média, sendo populares as lendas como a de São Cristóvão com a cabeça de cão.

Nas religiões o cão também possui o seu papel. Para os judeus, apesar de considerados impuros por se alimentares de restos, fosse de cadáveres, fosse de lixo, também eram vistos positivamente, devido a palavra do Talmude. Este afirma que os cães devem ser tolerados e que o acesso ao alimento ritualmente impuro foi a recompensa concedida por Deus aos cães, retribuindo o silêncio destes na noite em que os israelitas começaram o êxodo do Egito, além de um cão ter sido dado por Deus a Caim como sinal de proteção. No Catolicismo, apesar do início preconceituoso da Idade Média, a imagem dos cães passou a ser positiva desde a narrativa do nascimento de Jesus, no qual figuraram como cães de pastoreio, até a história do cão Giggio, sempre defendendo São João Bosco. Para a religião islâmica, os cães, antes vistos como párias e com o decreto de Maomé para seu extermínio, continuam vistos como animais a serem evitados e eliminados, mas agora apenas quando vadios e disseminadores de doenças, já que possuem utilidade ao ser humano quando em atividades como pastoreio, caça e guarda.

Na Ficção

A ficção produziu inúmeros cães, que aparecem da literatura ao cinema, seja em filmes ou desenhos animados, passando pela banda desenhada. Entre os mais famosos é possível citar alguns que marcaram gerações, seja apenas em países ou pelo mundo.
Criação dos estúdios Disney, os 101 Dálmatas foram um desenho animado rodado pela primeira vez em 1961, que viraram filme 35 anos mais tarde, com direito a uma continuação chamada 102 Dálmatas. Além, viraram jogos de videogame, pelúcias, roupas e acessórios. Também criação deste estúdio é o cão Pluto, da raça bloodhound, companheiro do rato Mickey. 

 Criado em 1950, sua personalidade quase humana o destacou pelo mundo. Em 1941, o desenho Me dê uma pata, protagonizado pelo canino, conquistou o Óscar de melhor curta-metragem de animação. Assim como os dálmatas, Pluto também é estampado em diversos produtos, bem como outro famoso cão da vida do rato norte-americano: Pateta, cuja primeira aparição em desenho animado deu-se em 1932. Destacado também pela Disney foi Banzé, o filhote de A Dama e o Vagabundo, filme também destacado pelo estúdio e por apresentar o romance entre dois caninos de mundo tão distintos, exibido no ano de 1955.

Nos desenhos animados, Scooby-doo, o dinamarquês criado no ano de 1969 por Iwao Takamoto, e Snoopy, cão da raça beagle, personagem da história em quadrinhos Peanuts criado por Charles Schulz, destacaram-se por permanecerem em exibição nas televisões ao redor do mundo, e por figurarem em diversos produtos e também bandas desenhadas. Scooby inclusive foi às telas do cinema com dois filmes. Especificamente nos quadrinhos, Bidu, cão azul da raça schnauzer criado pelo brasileiro Maurício de Sousa, e Ideiafix, minúsculo companheiro do Obelix, também destacaram-se como seres fictícios.

Já no cinema e na literatura, destacam-se Lassie, cadela que deu nome à série e ao famoso filme rodado ao lado de Elizabeth Taylor; Rin-tin-tin, astro de quase trinta filmes, detentor de uma estrela na Calçada da Fama e um dos primeiros cães do mundo a se tornarem celebridade; e Marley, um canino real que marcou a vida de uma família e saiu do livro escrito e vivido por John Grogan, para as telas do cimena em Marley e Eu. Publicação e película contaram a história do pior cão do mundo com o maior coração de todos. Existem ainda vários cães que aparecem em diversos filmes, desenhos e tiras de jornais, como o companheiro Odie de Garfield, que fazem parte de famílias, são amigos, falantes ou comunicativos, guerreiros ou trapaceiros, que sempre povoam a imaginação do ser humano.

 

 

 

Curiosidades

Passe Espiritual Para Animais de Estimação

O templo de umbanda Cacique Thunan, localizado no Parque das Nações, em Bauru, inicia um atendimento diferenciado no próximo dia 6 de março. A partir dessa data, todo primeiro sábado do mês o templo realizará passes espirituais em cães e gatos de estimação.

De acordo com o dirigente espiritual e sacerdote do templo, Pai Ricardo Barreira, os animais são sensíveis e absorvem energias presentes nos ambientes e provenientes de seus proprietários, o que é capaz de lhes causar prejuízos à saúde e mudanças comportamentais. “Os animais são muito sensíveis a energias. Muitas vezes, quando o dono não está com uma energia boa, os bichos acabam ‘pegando para eles’ essa energia e sofrem alguns males. E no caso de uma energia mais densa ou que se prolonga por muito tempo, isso pode causar um mal físico, manifestando-se biologicamente”, afirma.

 Nessa situação, Barreira apresenta o passe espiritual como medida para aliviar possíveis energias que estejam prejudicando os animais de estimação, funcionando como um tratamento espiritual. “Através do atendimento espiritual, buscamos proporcionar mais conforto e condições emocionais para os animais. Geralmente constatamos que, quando a energia da casa e das pessoas é melhorada, os bichos de estimação acompanham a melhora”, garante o dirigente espiritual e sacerdote que também é presidente da Federação de Umbanda e Candomblé do Estado de São Paulo “Reino de Oxalá”
.
Frequentadora do templo do Pai Ricardo Barreira, Renata Ferreira de Lima realizou uma limpeza espiritual em sua casa e notou uma melhora de comportamento em sua cadela Angel. “A Angel não comia e parecia que estava com depressão, mas depois que o Ricardo (Barreira) foi em casa e realizou um passe para a limpeza espiritual, ela melhorou. Ficou parecendo que tem um ano de idade, totalmente feliz e brincando demais”, relata sobre a cadela que tem oito anos.

Ricardo Barreira afirma que a intenção do templo de umbanda é somar esforços na recuperação física ou comportamental de cães e gatos. “Temos um regulamento que instrui as pessoas para que os trabalhos saiam em harmonia com os animais. Entre os itens, o proprietário tem inclusive que assinar uma declaração na qual afirma estar ciente que o tratamento espiritual não dispensa o tratamento veterinário”, cita o dirigente espiritual e sacerdote de umbanda. “Não queremos que nenhum animal sofra por falta de atendimento veterinário”, garante.

Questionado sobre a expectativa da recepção do público bauruense, Ricardo Barreira disse saber o impacto que isso pode causar mas que, devido ao atual movimento de preservação do meio ambiente e proteção de animais, as pessoas devem entender a intenção deste atendimento especial. “Obviamente que tudo o que é novidade causa estranheza entre as pessoas, mas no tempo em que vivemos, de consciência sobre a preservação do meio ambiente e dos animais, as pessoas devem olhar com bons olhos. Temos que lembrar que natureza não se trata apenas de matas e rios, mas também de animais, e que a harmonia entre tudo isso é essencial no mundo atual”, esclarece o dirigente espiritual e sacerdote do templo de umbanda.
 Publicado por: Monica Molina/Fonte:http://vidaespiritualidade.wordpress.com
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...